Dare ya to do what you want: o movimento Riot Grrrl e a importância de comunidades em revoluções populares

Nathalia Nasser
13 min readJul 16, 2019

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“Eu me sentia impotente não por ser fraca, mas porque vivia em uma sociedade que sugava o poder das meninas”, conta Sara Marcus no seu livro “Garotas À Frente: Como realmente aconteceu a revolução Riot Grrrl”.

O movimento Riot Grrrl foi um levantar do por que a guerra feminista ainda devia ser lutada por mulheres — pelos seus direitos básicos e contra a sociedade patriarcal. É curioso, porém, que essa revolução tenha sido feita por meninas adolescentes e jovens adultas; indivíduos comumente deslegitimados em grande escala desde que o mundo é mundo. Ali, nas reuniões do movimento de raiz punk underground, elas podiam ser quem queriam ser; ou ao menos tirar o peso de esconder quem eram. Juntavam-se para apoiar umas às outras, enfrentar situações de abuso e falar sobre assédio, estupro e o papel da mulher na sociedade—tudo o que doía demais ser pensado sozinho, e aliviava ao ser compartilhado.

A situação de cara traz uma indagação de 30 anos atrás que parece não ter envelhecido nem dias. Por que deslegitimam de forma tão grotesca o que tange o sentido da vida de uma garota adolescente ou nova adulta? Nos anos 90, o movimento Riot Grrrl foi diminuído em seus pontos mais relevantes e das mais diversas formas. Hoje, a história parece estar intacta: dos fandoms dos grupos de k-pop até novas adultas organizando passeatas e eventos voltados à pauta feminista são reduzidas ao mais simplório e medíocre sentido.

Por que ainda não aprendemos a ler a vida de meninas adolescentes com atenção e apelo político nas suas existências?

O feminismo esquecido dos anos 80

Depois de uma década quase antifeminista, o final dos anos 80 acendeu uma chama aos poucos em Washington, onde um motim de garotas decidiu dar nome a mais uma tentativa do feminismo de reajustar uma sociedade machista e reivindicar, de novo, o direito de vida às mulheres americanas que, naquele ponto, pareciam ter se esquecido da estrutura patriarcal em que viviam.

Ano após ano na década oitentista, diversos artigos eram publicados dando o feminismo como um movimento social morto. Em paralelo, e completamente atrelado, as lutas das mulheres sofriam derrotas contínuas. O movimento feminista passou a se romper dentro de si e sua instabilidade resultou na perda de cada vez mais adeptas. Artistas que debruçavam sua arte e seu trabalho em questões de gênero e sexualidade como Robert Mapplethorpe (citado com muito cuidado e gentileza por Patti Smith em sua biografia “Just Kids”) perderam apoio financeiro e foram difamados política e socialmente. Assim, pouco a pouco o feminismo foi afastando também de quem a sobrevivência dependia: lésbicas, artistas, radicais, jovens.

Em 1989, a revista Time publicou um artigo que trazia na capa o título “O Feminismo Está Morto?”, divulgando dados alarmantes para a população americana: 76% das mulheres estadunidenses “não davam muita atenção” ou “não davam atenção” ao movimento social de mulheres e apenas 33% se consideravam feministas. Outros fatos comprovavam por A + B que a sociedade americana queria, de novo, jogar direitos mínimos das mulheres para escanteio. Entre 1988 e 1992, mais de cem clínicas de aborto foram incendiadas ou atacadas por bombas. Isso explicava em prática o que o início dos anos 90 representavam na política americana, na qual republicanos e democratas demarcavam posições que revelavam um país dando passos significativos para a direita.

Desde a eleição de Richard Nixon em 1968, as políticas americanas se voltavam a um conservadorismo exacerbado atropelando todas as evoluções progressistas conquistadas durante o século 20. 2019 no Brasil nos vemos no mesmo cenário; aprendeu-se pouco.

Ali, no início dos anos 90, era o momento em que os republicanos se viram decididos a dar a nova forma para as campanhas. As questões sociais esquecidas como direitos feministas e dos homossexuais foram de novo colocadas em foco.

Bikini Kill, Bratmobile e o verão do Revolution Girl Style Now

No verão de 1989, Olympia e Seattle estavam fervendo em movimentos musicais que seriam cruciais para os anos 90, mas que se desenvolveriam posteriormente em passos muito diferentes. A Reko Muse se tornara um dos locais de shows mais autênticos de Olympia, que nunca exigiu técnica ou habilidade dos seus músicos. Originalidade e paixão eram o combo necessário numa cena que foi construída com base em apoio aos grupos locais—talvez daí venha a pobreza técnica que resulta em críticas negativas até hoje — do grunge. Por outro lado, só num cenário assim um movimento como Riot Grrrl pôde se sentir encorajado o suficiente pra lançar suas primeiras bandas.

O Viva Knievel, de Kathleen Hanna, que posteriormente lideraria o Bikini Kill, tinha formação mista e suas músicas falavam sobre abuso sexual. A intenção calculada de Hanna teve o resultado esperado: depois dos shows, meninas iam compartilhar com a vocalista experiências sobre namorados violentos, abusos sexuais, lembranças de incestos e pais abusivos. Estava sendo criado um ambiente de reparo da solidão de meninas adolescentes que se estavam, até então, perdidas e isoladas.

Irônico o fato de que um dos maiores sucessos da história do grunge, dos anos 90 e do rock, “Smells Like Teen Spirit”, do Nirvana, é uma pichação de Kathleen Hanna no quarto de Kurt Cobain, depois de uma noite pichando slogans pró-escolha na cidade. Uma subversão no mínimo curiosa na história da música, já que estamos acostumados a aplaudir e idolatrar títulos e composições de homens sob efeito de álcool ou drogas. “Eu estava superbêbada e tinha visto o desodorante (Teen Spirit) e achei o nome hilário. Não existe uma grande história por trás além de mim sendo uma idiota bêbada”.

Pequenas reuniões informais com pouquíssimas garotas foram acontecendo no decorrer dos meses em Olympia. Allison Wolfe e Molly Neuman (Bratmobile), que ainda viviam em Eugene, se empolgaram com a ideia de que existia em Olympia uma cena de apoio a mulheres e passaram verões na cidade debruçando seus esforços em fazer com o que o movimento trouxesse o máximo ele que poderia ser.

“Eu sempre gostei de fazer músicas com outras mulheres. E parece que eu sempre fui mal interpretada e chamada de sexista por causa disso. Não sei, talvez eu esteja louca, mas me parece natural observar a diferença entre homens e mulheres, e eu não entendo POR QUE me dizem constantemente para ignorar isso no contexto do rock and roll.”

Tobi Vail, Jigsaw nº 2.

O Bikini Kill de Kathleen Hanna e Tobi Vail e o Bratmobile de Allison Wolfe, Molly Neuman e Erin Smith foram o pontapé inicial na música de um movimento que já tinha nascido anos antes. Kathleen e Tobi se tornaram amigas gradualmente, trocando cartas, discutindo sobre política, arte e música, até se tornarem companheiras de quarto e criarem o Revolution Girl Style Now, o primeiro grande pontapé da revolução Riot Grrrl e um conceito que ditaria os próximos passos do movimento.

O RGSN constituía num meio termo de feminismo que fosse acessível às garotas que precisavam dele. Enquanto Kathleen vinha de uma realidade crua em clubes de strip tease e depoimentos de garotas assediadas pelos próprios irmãos e pais, Tobi vinha com o contexto teórico do feminismo radical. Encontrar o meio termo foi a grande chave para atingir meninas que precisavam do feminismo e ainda não sabiam.

As garotas encontraram nos zines a forma mais acessível de se comunicar com outras meninas da cidade e de cidades vizinhas. As pioneiras do movimento encontraram nesse gênero uma possibilidade de falarem sobre assuntos tabu na mídia mainstream dos anos 90 (que ainda são em 2019, no mundo inteiro) como incesto, estupro e distúrbios alimentares de forma que não pudessem ser deturpados pela mídia—já que eram elas quem escreviam, produziam e distribuíam—e podiam, ao mesmo tempo, ser poderosos o suficiente para mudar a vida de garotas em suas comunidades.

Como criar comunidades foi e é importante nos movimentos populares e o Festival Garotas À Frente

O desenrolar do movimento se baseou em uma situação central: fazer reuniões semanais ou quinzenais com o máximo de meninas possíveis. Qualquer interessada era bem-vinda para discutir sobre todos os temas que traziam os zines, e o que mais fosse necessário.

A primeira reunião do Riot Grrrl aconteceu em julho de 1991, em Olympia. E aí vem a extrema importância do conceito de comunidades: a revolução Riot Grrrl não queria abraçar o mundo porque isso significava também se abrir à mídia mainstream. Para elas, a forma de fazer uma revolução era por meio da sua própria comunidade. Essas reuniões significavam um súbito consciente de garotas que estavam desesperadas para encontrar um grupo de mulheres que as ajudassem a passar ilesas — ou menos machucadas — pelo fim da adolescência, um momento em que garotas são diminuídas como crianças quanto às suas opiniões e sexualizadas como mulheres quanto aos seus corpos. Diferente da Sub Pop de Seattle, que lançaria o Nirvana e falava em dominação mundial, as mulheres de Olympia não pensavam em dominar nada.

Elas precisavam e queriam criar uma comunidade forte o suficiente para que não se sentissem terrivelmente sozinhas e se comunicar a partir disso com as pautas das quais lhes dependiam a sobrevivência.

Quando chegamos em 2019, no Brasil, o Festival Garotas À Frente, produzido pela Powerline (a quem recebi o convite de escrever sobre esse movimento), foi uma das tentativas — e acertos — de um local para e pelas mulheres. Assim como a primeira convenção nacional do Riot Grrrl, o lineup foi composto exclusivamente por mulheres: oficina de slam, feita por Ingrid Martins; venda de zines produzidos por mulheres; exposição de artistas gráficas como Larissa Oliveira (Sergipe), Carol Ermel (São Paulo), Maria Eduarda (Buenos Aires), Guerrilha Girls (coletivo americano), Aline Lemos (Belo Horizonte); e bandas compostas majoritariamente (algumas exclusivamente) por mulheres. O lineup contou com Bloody Mary, Una Chica Band; Sapataria e Pussy Riot, coletivo russo.

O Garotas À Frente foi capaz de manter presente a essência do Riot Grrrl com seus dois pontos mais fortes e tradicionais: os zines e a música. Por outro lado, vivemos hoje na era da globalização no qual a internet é capaz de conectar pessoas onde o Riot Grrrl não conseguia chegar. O melhor dos dois mundos estava ali. Com um plus de clareza e engajamento político: um cartaz em frente ao palco questionando “Quem mandou matar Marielle?”.

A solo Bloody Mary, em meio às suas músicas estridentes e calorosas, falou sobre a importância de se organizar em comunidades para combater um governo direitista e preconceituoso. O show da banda Sapataria, por sua vez, revisitou o discurso de Tobi Vail sobre o punk rock precisar ser também um lugar de mulheres envolto de músicas que falavam sobre a sobrevivência de mulheres lésbicas e fora dos padrões — dando talvez um passo a frente no movimento Riot Grrrl, que pecava em incluir questões de gênero tão bem descritas.

Nadya Tolokonnikova, do Pussy Riot, embalou uma performance inteiramente comprada pelo seu público, majoritariamente feminino. O lema Girls to the Front, de Kathleen Hanna, foi muito bem representado 30 anos depois, em São Paulo — tão além do que as garotas de Olympia podiam imaginar.

O conceito de formar comunidades e se fortalecer com elas fez sentido em 1991 em Olympia, WA e em 2019 em São Paulo. Nos anos 90, o movimento precisou existir dentro do punk rock a partir dos problemas das garotas, que se sentiam consumidas pela cena, precisamente porque aquilo refletia como elas se sentiam lá fora. Hoje, no Brasil, e em todas as outras comunidades feministas ao redor do mundo, mulheres precisam mais uma vez se unir para fazer música em um local mais seguro, onde possam falar sobre suas experiências traumáticas e, principalmente, serem ouvidas por essas mesmas experiências.

É de se imaginar por que os zines continuam sendo produzidos em festivais como esse. A força do discurso feminino sem distorção da mídia é a chave mestra. Mas é de se entender que a classe trabalhadora — lugar de onde grande parte dessas mulheres saíram, ou ainda vivem — precisa de materiais e conteúdos acessíveis. Lá atrás, os zines pareciam a única opção. A internet trazida nos anos 2000 democratiza a informação e abre fronteiras para a evolução de uma luta que começou crua e pode hoje se desenvolver em tudo o que deixou de fazer lá atrás.

Uma comunidade é capaz de entender isso e dar as mãos: para uma garota que carrega lembranças pesadas e traumáticas, o simples apoio de colegas jamais é capaz de completar um processo de cura, mas ele é capaz de começá-lo.

Por que a mídia não é capaz de contar uma história tal qual ela é, mas onde ela pode ajudar a historicizar um movimento

As riot grrrls entraram em ação em um dos piores momentos da história americana no que tangia a reação conservadora do país. No verão de 1992, em cada canto dos Estados Unidos, republicanos e democratas estavam respondendo e falando pelas garotas; mas, em DC, na primeira convenção nacional do Riot Grrrl, elas estavam falando por si mesmas.

A convenção trouxe consigo o que o movimento não estava esperando e não tinha previsto: diversos jornalistas interessados em falar sobre essa revolução. Depois de anos sendo invisíveis, essa atenção parecia inconcebível para as garotas; e algumas constantemente se lembravam de que se aliar à mídia de massa não era a essência dessa revolução. O fundamento dos valores DIY do Riot Grrrls significava se comprometer com uma proposta de comunicação alternativa; aquelas garotas não tinham mais interesse em saber o que o mainstream pensava sobre elas e o que elas deviam ou não fazer.

O USA Today publicou um artigo sobre o movimento e foi difícil parar o assédio da mídia a partir dali. Impressiona a coincidência com os dias de hoje: a irresponsabilidade dos artigos que estavam sendo publicados sobre o movimento, sua intenção e suas personagens — garotas, na sua maioria, com menos de 21 anos — eram irônicos, agressivos e deturpadores ao movimento.

Quando Dana Nasrallah, freelancer de 26 anos, foi convidada pela revista Spin a fazer um artigo sobre o movimento, ela não contava com o que a grande mídia chefiada por figuras masculinas podia fazer; e fez. O editor da revista contestou todas as análises políticas e sociais da jornalista, que teve seu artigo reduzido a um texto com citações dóceis e descontextualizada de alguns zines do movimento.

É particularmente difícil escrever sobre um movimento que não queria ter pessoas falando sobre ele, porque a ideia do movimento não pode ser descrita — deve, portanto, ser vivida. É claro como a mídia de massa é capaz de transformar a vida real em um espetáculo com a intenção de vendê-lo às pessoas como “uma versão sem significado, despoetizada e glamorizada de suas próprias vidas”. Por outro lado, porém, foi por meio desses artigos (todos, sim, descontextualizados, deturpados e medíocres), que garotas ao redor dos Estados Unidos souberam sobre o movimento e começaram aos poucos a criar seus próprios grupos Riot Grrrls em suas cidades. Em poucos anos, existiam reuniões em Philadelphia, Boston, Minneapolis, Chicago, Los Angeles, Nova York, etc.

Em 1992, também, depois da mídia tê-las atacado de forma negativa, o movimento sentia-se esgotado. Quem delas afinal tinha energia para sair nas ruas a favor da descriminalização do aborto? Elas estavam cuidando umas das outras. O sentido da comunidade nunca estivera tão forte — e, hoje, milhões de mulheres ainda se veem nessa mesma posição: exaustas e atarefadas demais para enfrentar o mundo. Enfrentar a dura realidade delas próprias já é uma jornada excessiva. Mesmo assim, em abril de 1993, as riot grrrls compareceram à Marcha Nacional Pelos Direitos LGBT para marchar juntas como parte de um grande grupo queer punk. No mínimo revolucionário aquela altura do campeonato.

O movimento encontrou uma forma alternativa de se divulgar sem recorrer à mídia mainstream: a criação do Riot Grrrl Press, em 1993, que clamava por representação própria, divulgação dos materiais de cada grupo sem intervenções midiáticas, acessibilidade desses conteúdos às garotas que precisavam e melhor comunicação entre os grupos.

A desonestidade midiática e a implosão do Riot Grrrl

Os tais artigos e o consumo mainstream do Riot Grrrl fez com que as pioneiras do movimento — várias delas já não mantinham contato próximo com o movimento porque foram tocar suas vidas em outras cidades, nem sempre acompanhando de perto a revolução — desacreditassem do que ele tinha se tornado e entendido que ele já era passado.

Em contrapartida, meninas de 15 e 16 anos estavam só agora descobrindo que aquilo existia, e como esse movimento podia transformar a vida de cada uma delas através do entendimento de uma parte sua no mundo.

O Bikini Kill de Kathleen Hanna que, naquele ponto, já era vista como celebridade e líder do movimento para as garotas mais novas, estava se desfazendo aos poucos e perdendo com ele as outras bandas que significaram tanto nos dois primeiros anos daquela revolução. Elas estavam fazendo mais shows, compondo mais e gravando mais; estavam aos poucos se tornando músicas melhores, artistas melhores. E, ao mesmo tempo, eram vistas pelo público como astros. Isso não era a bandeira que sempre entenderam que não deveriam levantar?

A revolução não foi orquestrada ou ensaiada. Enquanto alguns grupos estavam sendo desfeitos, o Canadá e o Reino Unido estavam tendo, em 1994, suas primeiras impressões sobre o Riot Grrrl, que parecia ali ser um clube secreto de garotas onde elas poderiam ser quem quisessem. Algumas semanas depois, mesmo essas reuniões foram se extinguindo: as garotas envolvidas já tinham se conhecido e encontrado os relacionamentos que precisavam pra ter uma vida menos solitária; a estrutura era exterior.

O Riot Grrrl se desmontava em pedaços, foi recebendo outros nomes, se desdobrando em outros eventos, festivais, grupos de artistas e coletivos, e virando passado — uma instituição de base para um mundo feminino talvez um pouco melhor. Em 1996 aconteceram os últimos encontros registrados do movimento em St. Barbara, Nova York, Seattle, Filadélfia e Portland.

A revolução punk feminista se espalhava pelo país de forma rápida e eficaz. O Pussy Whipped, primeiro álbum do Bikini Kill, vendeu 75 mil cópias. Pelo menos, agora os novos fãs e adeptos tinham a chance de idolatrar uma banda abertamente feminista e politicamente engajada. Mesmo que não fosse a ideia inicial, essas bandas estavam mudando a trilha sonora da adolescência nos anos 90, de um movimento que logo deixaria de existir com força, mas deixara seu legado para as gerações seguintes.

Apesar de superado, o valor do Riot Grrrl não diminui. O feminismo do século 21 continua vivo em cada mulher que passou pelos horrores e traumas da adolescência e tomaram consciência de si através do conceito do Do It Yourself, independente de como isso tenha chegado até nós, hoje.

O livro Garotas À Frente resume bem a única essência que se pode quando tratamos de feminismo e a luta por direitos iguais. “Este único momento contém tudo o que você precisa. Tudo o que você está ouvindo agora, onde você está—o escapamento de uma van, pessoas murmurando na livraria, um bebê respirando lentamente, um sinal tocando para a próxima aula— este é o som de uma revolução.”

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Nathalia Nasser

Journalist. Full time britpop enthusiast. I like to learn some languages.